Nanofarmacologia: A Nova Fronteira na Recuperação de Lesões da Medula Espinal

 A medula espinal é uma importante estrutura do sistema nervoso, desempenhando um papel crucial na comunicação entre o sistema nervoso central e o resto do corpo. Ela transmite impulsos nervosos do cérebro para os nervos periféricos e vice-versa, permitindo tanto o controle motor quanto a percepção sensorial. A lesão medular é uma condição neurológica demasiadamente devastadora que afeta cerca de dois a três milhões de pessoas em todo o mundo, sendo os EUA e o Canadá os países que apresentam os maiores índices de lesões nessa estrutura. Essa lesão pode resultar em paraplegia, quando afeta os membros inferiores, ou tetraplegia, quando impacta todos os quatro membros e o tronco.

 Nesse contexto, muitos estudos e pesquisas promissoras têm sido realizados com o propósito de introduzir plataformas terapêuticas para o tratamento de lesões na medula espinal. Um estudo interessante realizado por pesquisadores da Universidade Istinye, em Istambul, aplicou nanopartículas baseadas em albumina sérica humana carregadas com o fármaco tetrametilpirazina. As nanopartículas contendo o fármaco foram funcionalizadas com o peptídeo trans-ativador da transcrição do HIV-1 para melhorar a absorção das partículas pelos neutrófilos, resultando na diminuição da inflamação, redução de danos oxidativos e, consequentemente, na recuperação da lesão (Figura 1).

Em suma, o uso de nanopartículas como nanocarreadores tem sido amplamente utilizado na área da farmacologia, com aplicações funcionais já presentes no mercado, e outras muito promissoras, como a do presente estudo. É  necessário, entretanto, mais estudos e pesquisas para averiguar quais são, de fato, as vantagens e desvantagens da utilização dessa plataforma terapêutica no tratamento de lesões na medula espinal.

Para saber mais, acesse: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0939641122001424