Nanosorbcats: Uma estratégia na Descontaminação de Corpos Hídricos

Um dos grandes desafios a ser enfrentado neste século se refere às mudanças climáticas e seus efeitos no mundo. Um efeito que chama bastante atenção é a diminuição significativa na quantidade de água doce, devido às alterações nos padrões de precipitação, derretimento das geleiras, aumento da evaporação e mudanças nos ciclos hidrológicos. Além disso, a poluição dos corpos hídricos e aquíferos intensifica ainda mais essa problemática. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 80% das águas residuais do mundo são despejadas no meio ambiente sem tratamento adequado, contaminando fontes de água doce e acentuando  a escassez hídrica.

 Nesse contexto, muitos estudos e pesquisas em conjunto com a nanotecnologia estão sendo realizados com o propósito de mitigar a problemática da contaminação dos corpos hídricos e aquíferos. Um estudo muito interessante realizado na Universidade de Calgary, no Canadá, apresentou a remoção adsortiva dos  metais pesados zinco (Zn), cobre (Cu) e cromo (Cr) de solução aquosas usando sílica, incorporando óxido de níquel (NiO) e nanopartículas de óxido de magnésio (MgO). Essa combinação forma uma estrutura denominada nanosorbcats (NiO – MgO SNBs) (Figura 1).

Figura 1: Esquema ilustrando a utilização dos nanosorbcats no tratamento de um 
corpo hídrico. (Figura de Getty images).


Em suma, o uso de nanosorbcats no tratamento de corpos hídricos e aquíferos é uma estratégia promissora, sobretudo em situações onde há altas concentrações de cromo (Cr) no corpo hídrico contaminado, uma vez que a descontaminação desse metal revelou-se mais eficaz. É importante salientar, entretanto, que são necessários mais estudos e pesquisas para avaliar, de fato, quais são as vantagens e as desvantagens a longo prazo dessa inovação tecnológica.

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Para saber mais, acesse:

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0301479720306459

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