Usos da nanotecnologia na produção de fármacos
Com o avanço de pesquisas nas mais diversas áreas, a nanotecnologia se destaca com seu bom desempenho e se torna alvo de altos investimentos. Um dos grandes desafios atuais envolve o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento para doenças como câncer, doenças inflamatórias, cardiovasculares, neurológicas e para o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
Os nanocarreadores biodegradáveis são nanopartículas aplicadas nas indústrias farmacêuticas para a produção de novos fármacos. Eles são responsáveis por transportar medicamentos ou moléculas ativas até o local desejado (por exemplo, sítio ativo de proteínas) e devem possibilitar uma maior eficiência em tratamentos.

(Figura de Getty Images).
Nanocarreadores à base de lipossomas podem ser utilizados na produção do Doxil, um nanomedicamento que contém o antitumoral doxorrubicina.
As nanopartículas lipídicas sólidas são estruturas formadas por uma dispersão de lipídeos com alto ponto de fusão e apresentam uma ótima capacidade para encapsular fármacos hidrofílicos e lipofílicos em sua matriz lipídica.
As micelas apresentam uma estrutura anfifílica e são compreendidas no campo de sistemas de liberação de fármacos para o uso tópico, oral e intravenoso.
As micelas são estudadas e podem ser encontradas em diversos sistemas, por exemplo, os micelares mistos que apresentam um tamanho de 5 a 60 nanômetros e possuem uma boa biocompatibilidade, podendo ser encontrado no diazepan. As nanopartículas micelares são nanoemulsões multifásicas e são utilizadas em loções tópicas. As micelas poliméricas, por sua vez, são estruturas que podem ser descritas por blocos de copolímeros hidrofílicos e hidrofóbicos e apresentam um tamanho de 10 a 200 nanômetros; por conta da sua estrutura, podem encapsular diferentes estruturas moleculares.
Já as nanopartículas poliméricas são compostas por polímeros sintéticos e naturais, apresentam boa biocompatibilidade, são biodegradáveis e não imunogênicas. As nanopartículas poliméricas são utilizadas no fármaco Abraxane, as quais são encapsuladas com nanopartículas de albumina; esse medicamento é utilizado no tratamento de câncer de mama.
Os nanocristais vêm sendo estudados a fim de desenvolver novos fármacos e alterar a estrutura de fármacos existentes. Isso se dá devido à sua alta solubilidade em fármacos pouco solúveis e pela biodisponibilidade oral de fármacos. Por conta do seu processo de fabricação, seu tamanho é inferior a 1000 nanômetros.
Assim, a partir de diferentes formas de uso da nanotecnologia, é possível desenvolver fármacos mais promissores para diversas enfermidades, fazendo com que a medicina avance cada vez mais.
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