Possível cura da overdose por cocaína empregando nanotecnologia
A farmacêutica Sarah Rodrigues Fernandes, da Universidade Federal de Goiás (UFG), é autora da pesquisa que descobriu uma alternativa para a cura de overdose por cocaína com o uso da Nanociência. Um medicamento intravenoso que utiliza nanopartículas foi administrado em cobaias (ratos) nos laboratórios do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Fármacos, Medicamentos e Cosméticos da UFG, o FarmaTec. Foram utilizadas doses de cocaína capazes de levar as cobaias ao óbito em poucos instantes.
O fármaco consiste na “captura” da cocaína que está na corrente sanguínea, a encapsulando e evitando que a droga se espalhe por órgãos vitais, como cérebro ou demais regiões do organismo, levando a vítima ao óbito. Após a administração do medicamento, a pressão arterial e batimentos cardíacos da cobaia estabilizam-se após dois minutos e a cocaína encapsulada pela nanopartícula acabou sendo retida pelo fígado e esfacelada pelo processo metabólico do órgão. De acordo com Sarah, que defende seu projeto de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFG, o intuito do estudo foi retardar o processo de perda de sinais vitais do paciente que está em overdose até a chegada de equipe médica especializada. Para que o medicamento seja comercializado, o mesmo deverá passar por longos e rigorosos testes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para após sua aprovação e, posteriormente, ser viabilizado comercialmente por indústrias farmacêuticas. Com essa pesquisa, a utilização de Nanociência/Nanotecnologia em fármacos mostra, mais uma vez, como sua utilização beneficia a sociedade e coloca o país em novos patamares em pesquisas nesta área.
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