Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 17 n. 3 (2024): agosto-outubro/2024
Palavras-chave:
educação Ambiental; áreas protegidas; serviços ambientais
Resumo: A provisão de serviços ecossistêmicos culturais em unidades de conservação é essencial para a promoção da sensibilização pública e a conservação da natureza. No Brasil, estudos sobre o tema são incipientes. O presente artigo tem o objetivo de apresentar as estratégias de valorização do patrimônio cultural empreendidas nas ações de educação ambiental do Parque Estadual Cunhambebe entre os anos de 2013 e 2021. Para isso, utilizou-se de uma abordagem qualitativa com metodologia baseada na análise de conteúdo. A investigação foi realizada por meio da análise de 22 relatórios de ação de educação ambiental e entrevistas com 2 guardas-parques da unidade de conservação. A partir desta averiguação, identificaram-se sete estratégias que compõem os serviços ecossistêmicos culturais do parque e que foram promovidas nas ações de educação ambiental: as trilhas interpretativas (Curumim e Ruínas); as Ruínas do Sahy; a narrativa sobre a Pedra da Conquista ou Banquete; a participação da comunidade no Programa de Índio; o diálogo com as comunidades indígenas; os eventos com comunidades quilombolas; e as reuniões com os grupos religiosos de matriz africana. Resultados demonstram um avanço na direção da implantação das diretrizes dos serviços ecossistêmicos culturais no parque. Por fim, sugerem-se proposições para o aprimoramento das ações de educação ambiental e das estratégias de valorização do patrimônio cultural na Unidade de Conservação.