Resumo: O turismo mexicano tem testemunhado uma mudança para a revalorização das tradições como 'atributos simbólicos' localizados em áreas menos urbanizadas através de uma perspectiva sincrética que exalta os valores pré-hispânicos e coloniais. Neste contexto, as rotas temáticas tornaram-se uma variante turística baseada no consumo de sítios diferenciados. Na Rota da Tequila se manifestam muitos dos efeitos da implementação do Programa Aldeias Mágicas, entre os quais se destaca a convivência da arquitetura patrimonial e neocolonial com elementos pertencentes a outros períodos que tentam exaltar os valores estéticos do 'mexicano'. Enquanto a Rota do Vinho incorpora no seu discurso arquitectónico valores associados à cultura de fronteira através da utilização de materiais de segunda utilização numa procura de definição da sua própria arquitectura. O ponto de partida é a hipótese de que em ambas as rotas temáticas a arquitectura funciona como um veículo legitimador e que cada uma delas expõe um significado diferente do 'vernáculo', através de uma diversidade de tipologias produzidas que prosseguem o mesmo objectivo: atrair turismo. Assim, existem diferenças e semelhanças que nos levam a reconhecer a participação que a arquitetura está tendo na configuração deste tipo de destinos turísticos.