Resumo: A evolução do turismo contemporâneo, entendido como uma actividade económica e prática social com sentido político e valor cultural, apresenta uma extraordinária variedade de situações que nos obrigam a reavaliar as relações tradicionais entre atracções, paisagem e consumo visual. É necessário recuperar perspectivas que se centram na paisagem como uma construção ideológica e histórica ligada à emergência da modernidade e do capitalismo. E depois relacioná-las com análises críticas do turismo como estratégia de valor e instrumento de intervenção do Estado. Neste ensaio, são revisadas diferentes posições principalmente a partir da posição geográfica com o objetivo de analisar as relações entre paisagem e turismo, apresentando exemplos argentinos e latino-americanos. Finalmente, como hipótese de pesquisa, propõe-se recorrer à idéia de fetiche para entender os fenômenos atuais de produção e consumo de paisagens turísticas, indo além do conceito tradicional de atração.