Resumo: Ao examinar o turismo entre os Pataxó da Terra Indígena de Coroa Vermelha, no estado da Bahia (Brasil), este artigo coloca em evidência duas modalidades de turismo ali observadas: uma na qual predomina uma perspectiva imperialista, e outra onde o discurso pós-colonial é mais facilmente negociado entre indígenas e visitantes. Baseado em dados etnográficos coletados de forma variada nos últimos dezenove anos, o artigo toma como fio condutor os discursos e as performances correntes na localidade em destaque para refletir sobre a agência constitutiva de sentidos acerca das tradições e do patrimônio local, que põe em evidência uma memória sobre o Descobrimento do Brasil.