Ecoturismo e Conservação na Área de Proteção Ambiental do Morro do Cachambi, Rio de Janeiro: pela tessitura das vozes geopoéticas em trilhas
Ecoturismo e Conservação na Área de Proteção Ambiental do Morro do Cachambi, Rio de Janeiro: pela tessitura das vozes geopoéticas em trilhas
Ecotourism and conservations in the Ambiental Protected Area of Morro do Cachambi, Rio de Janeiro (Brazil): for the warp of geopoetics voices in the trails
Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 12 n. 5 (2019): novembro/2019-janeiro/2020
Palavras-chave:
Geopoética; Arte da Terra; Patrimônio Natural; APA do Morro do Cachambi; Parque Estadual da Pedra Branca
Resumo: A Área de Proteção Ambiental do Morro do Cachambi (APAMC) está localizada no bairro Jardim Sulacap (JS), na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e apresenta um grande potencial ecoturístico em sua face Norte, que foi reflorestada pelos moradores voluntariamente, por meio de um sistema de trilhas. No entanto, o bairro tem mudado sua relação com a APAMC, de continuação dos quintais além dos muros para um bloco verde, estático, preexistente e perigoso. Para conservar o Patrimônio Natural da APAMC é necessário fortalecer esta teia de relações entre os moradores do JS e o local, focando na reativação da visitação das trilhas. Desta maneira, foi desenvolvida uma pesquisa-ação junto com os moradores envolvidos na conservação das áreas verdes do JS, destacando as relações entre os seres humanos e o planeta Terra, numa abordagem Geopoética. Este trabalho apresenta o caminho percorrido desde os trabalhos de campo iniciais até a observação participante e a realização de seis eventos para público fechado (Caminhadas ecológicas) e três eventos para o público aberto (Trilhas guiadas), culminando no momento atual, de criação, instalação e apresentação de um novo produto, a Trilha Geopoética D.O.S.S.E.L. - Despertando Olhares Sensíveis Sustentáveis Ecológicos e Lúdicos -, que visa à integração dos seres humanos, Natureza, Arte e Tecnologia na APAMC. Treze instalações artísticas, chamadas de reservatórios de vidas geopoéticas ou GeoLiVes (Geopoetics Life Vessels) foram geradas por meio de uma (re)significação das impressões dos moradores do JS sobre a APAMC, a fim de fortalecer os fios materiais e imateriais que sustentam as iniciativas de ecoturismo e conservação que existem em todo o bairro, numa tessitura das vozes geopoéticas.