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Educação Ambiental pelo Ecoturismo numa trilha marinha no Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba (SP)
 
     Educação Ambiental pelo Ecoturismo numa trilha marinha no Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba (SP)
     
     


Autor(es):
Pedrini, Alexandre de Gusmão
Messas, Tatiana Pinto
Pereira, Eugênia da Silva
Lopes, Natalia Pirani Ghilardi
Berchez, Flávio Augusto


Periódico: Revista Brasileira de Ecoturismo

Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 3 n. 3 (2010): setembro-dezembro/2010

Palavras-chave:


Resumo: A Avaliação da Educação Ambiental busca atestar se o turismo ecológico muda hábitos, posturas e condutas. A restrição temporal de um percurso ecoturístico por trilhas marinhas impede uma adequada inserção da Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (EASS). É apresentada uma atividade de EASS, no contexto do Projeto EcoTurisMar (Educação Ambiental pelo Ecoturismo Marinho em Áreas Protegidas) ocorrida na Trilha Marinha da Praia do Presídio, Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA), Ubatuba, São Paulo, no pico da visitação de verão. Constou de: a) Inscrição detalhada; b) Entrevista de Avaliação Pré-Teste; c) Assinatura de Termo de Declaração de Saúde; d) Preleções contextualizadas (em terra) sobre: 1) Composição da Geobiodiversidade; 2) Exemplo de Teia Alimentar Submarina; e) Seleção do equipamento de mergulho; f) Transporte da balsa pelos participantes para partida na praia; g) Aquecimento físico; h) Contemplação do mar e expressão dessa emoção; i) sensibilização na água com colocação do equipamento de mergulho; j) Percurso na trilha em quatro áreas interpretativas, abordando: 1) identificação da geobiodiversidade; 2) observação de inter-relações tróficas; 3) diálogo sobre questões socioambientais com efeitos globais/locais; 4) síntese integradora final; k) Realização de entrevista para o Pós-Teste e avaliação da atividade; l) Retorno dos monitores, por mar, ao ponto inicial, empurrando a balsa e o material de mergulho emprestado aos ecoturistas. Resultados da avaliação: a) aumento significativo (p=0,001) da percepção da contribuição do mar através das microalgas que nele vivem pela disponibilização do excesso de oxigênio que elas produzem para a respiração de outros seres existentes no planeta; b) alteração da pré-concepção dos ecoturistas sobre a biodiversidade em uma UC e a maior percepção de organismos do costão como as macroalgas e os ouriços; c) aumento significativo (p=0,046) da percepção da “Degradação Humana” como principal impacto negativo no mar; d) noção do ecoturista de que os principais impactos negativos do PEIA eram tanto de origem tecnológica (Lixo, Esgoto e Óleo) como do próprio ecoturista ao tocar e mexer nos organismos marinhos; e) aumento significativo (p=0,025) da percepção de “Preservação/conservação” como forma de minimizar o impacto ambiental negativo humano e como principal atividade da EASS; f) aumento significativo (p=0,000) no número de conexões para cada compartimento socioambiental e no seu total, indicando entendimento da interdependência do meio ambiente. A proposta EcoTurisMar apresentou resultados que a configuram como factível para proporcionar sensibilização e aquisição de novos conceitos/posturas para uma percepção/interpretação adequada do mar através do ecoturismo.