Fonte: Caderno Virtual de Turismo; v. 17, n. 1 (2017)
Palavras-chave:
Turismo religioso; turismo cultural; patrimônio cultural da Serra Gaúcha.
Resumo: A Praça Central de Flores da Cunha tem diversas transformações socioespaciais resultando em territorialidades diversas. Assim, objetiva-se estudar, por meio de uma abordagem baseada nas representações simbólicas e espaciais (como procedimento metodológico), o reconhecimento das alterações e constituição entre o secular e o religioso no espaço público, bem como a formação do mito e da religiosidade que esse objeto referencia. Inicia-se o estudo reconhecendo as transformações espaciais ocorridas na praça em que se dá o evento. Realiza-se pesquisa de observação indireta. Sua análise possibilita compreender a relação: morador, rito, patrimônio e visitante. Localidade com aspectos socioculturais tradicionais, esse panorama poderia ter criado intenso conflito nas transformações das tradições observadas. Por costume da Igreja Católica, na procissão de Corpus Christi, o tapete confeccionado nos logradouros tem uma vida útil de horas. No local pesquisado, o término não se associa à passagem da comitiva religiosa, mas, sim, no tempo suficiente para que a prática da visitação turística possa ocorrer. Essa questão permite o reconhecimento do local como palco de diversas realizações sociais.