Fonte: Revista Turismo em Análise; v. 27 n. 3 (2016); 644-667
Palavras-chave:
Turismo de Base Comunitária; Outras Economias; Emancipação Social
Resumo: O sentido de comunidade tem sido a ideia-chave do Turismo de Base Comunitária (TBC), associando formas comuns de organização e gestão, em que esta é a principal beneficiária. Este artigo procura conhecer que mecanismos colaborativos e de gestão as comunidades recetoras têm desenvolvido, que sinalizem outras lógicas assentes na autogestão e na solidariedade, contrariamente à tendência da concentração empresarial e do lucro. Por sua vez, se estes se refletem em uma proposta de transformação social, com o aparecimento de novos sujeitos protagonistas no processo. Os elementos empíricos são obtidos a partir do recorte das informações incluídas no relatório de avaliação final externa de um projeto de TBC, em Timor Leste, tendo como foco três comunidades/cooperativas. O estudo revela a existência de novos sujeitos que se organizam na partilha de poderes e saberes, a partir de códigos de conduta e um conjunto de procedimentos de gestão colaborativa, apontando para um horizonte de emancipação social.