Resumo: Discutir a dimensão espacial do turismo e a sua gestão no contexto das políticas públicas direcionadas para o seu ordenamento e desenvolvimento é o principal foco do presente ensaio. Trata-se de uma reflexão teórica desenvolvida a partir da observação participante do autor nos últimos trinta anos, nos processo de desenvolvimento turístico do estado do Rio de Janeiro e do Brasil. Baseado no entendimento do turismo como fenômeno socioespacial complexo, resultado dos processos de diferentes agentes produtores, propõe o entendimento do espaço turístico a partir da categoria de territórios-redes que tendem a se ampliar para a escala regional. Questionando o descaso das políticas publicas recentes direcionadas para o ordenamento do turismo nacional, sugere a possibilidade da consolidação de redes regionais como novas instâncias de governança para tal função, desde que sejam frutos de processos endógenos, participativos e realmente democráticos que constituam num novo 'espaço-tempo' favorável às deliberações democráticas.