Fonte: Revista Turismo Estudos e Práticas - RTEP/UERN; No. 3 (2020): Geplat: Caderno Suplementar; 1-8
Palavras-chave:
Resumo: Este artigo visa discutir a relação saudosista - e, ao mesmo tempo, angustiante - que Manuel Bandeira discorre em sua poética sobre a cidade do Recife. Para o escritor, a cidade é nostálgica, simbólica e ao mesmo tempo patológica por ocasião dos sintomas da modernidade. Ao analisarmos dois de seus poemas, Recife e Evocação do Recife, percebemos a ligação íntima entre a infância de Bandeira e um Recife revestido das consequências do progresso, da evolução e das ideologias dominantes na vida urbana. Suas poesias servem como denúncia de uma situação social irrevogável, ou ainda, como um ideal que jamais poderá ser alcançado novamente: o Recife de sua época.