Fonte: Ateliê do Turismo; v. 3 n. 2 (2019): Agosto - Dezembro; 26-50
Palavras-chave:
Minas Gerais, Brasil. Estrada Real. Mineiridade. Turismo.
Resumo: Este trabalho inspirou-se na curiosidade acadêmica sobre a natureza e o significado da mineiridade como construção simbólica do ser mineiro e o reflexo no turismo do Caminho Velho da Estrada Real. O objetivo é, portanto, analisar a construção histórica e cultural da imagem do Caminho Velho da Estrada Real, na percepção de turistas. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, com a utilização de entrevistas como estratégia de coleta de dados. Foram entrevistados dez turistas em dez cidades selecionadas no Caminho Velho da Estrada Real. Para análise dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, estabelecendo três categorias de análise: Conhecimento acerca da Estrada Real, Governo e (des)governo no percurso da Estrada Real, Imagem e cultura: a cidade, na percepção dos entrevistados. Os resultados indicaram que reconhecer um espaço como turístico é uma construção histórica e cultural. Dessa forma, na rota cotidiana das cidades mineiras que estão presentes no Caminho Velho da Estrada Real transparece a vivência, os símbolos e a memória de homens e mulheres de épocas diversas, sendo inflamadas pela mineiridade. Assim, O discurso da mineiridade é apropriado de modos variados. As maneiras de ver, viver e assistir são construtos socialmente ancorados, o que revela que a mineiridade é diversamente apropriada nas diferentes regiões culturais.