Resumo: A configuração de estradas-parque na experiência brasileira é muito recente. Mesmo assim ela é precursora como fato mundial, principalmente em relação aos avanços de uma legislação que pode amparar esta manifestação espacial em prol da proteção de um corredor ecológico e com usos turísticos; trata-se da consideração da categoria de estradas-parque no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Porém, comparando-se com a experiência estrangeira, essencialmente a canadense e a norte-americana, percebe-se um descompasso nos ganhos que a efetivação de uma estrada-parque pode ocasionar para o planejamento ambiental e do turismo no Brasil. O método interpretativo desta pesquisa se apoia na Semiótica de Charles Sanders Peirce, destacando-se o papel da representação como eleição de signos que carregam ideologias do emissor. Diferentes modos de representação de estradas-parque podem revelar uma “matriz” de conteúdos comuns, denotados na experiência estrangeira ou nacional, e entre as duas; podendo-se disto interpretar características que as identificam. Para tanto, a metodologia procura estudar alguns casos já destacáveis de estradas-parque no Brasil e no exterior, com o intuito de definir parâmetros específicos entre um caso e outro, bem como elementos comuns entre os dois casos.