Fonte: Revista Mangút: Conexões Gastronômicas; v. 3 n. 2 (2023): Gênero e Gastronomia; 105-119
Palavras-chave:
Cultura Alimentar; Sexualidade; Identidade de Gênero.; Gastronomia; Erótico
Resumo: O presente artigo analisa o fenômeno da gastronomia erótica, caracterizado pela venda de comidas em formato de órgãos sexuais, como uma representação das complexas interações entre comida, corpo, sensualidade e identidade de gênero. Na história, culturas antigas associaram alimentos a poderes afrodisíacos e fertilidade, influenciando as tradições contemporâneas, as quais se perpetuam na cultura popular, por meio das redes sociais, filmes, músicas e publicidade. Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem interdisciplinar, que busca compreender a interseção entre gênero e alimentação através das raízes históricas, influências culturais, midiáticas e as implicações psicológicas e sociais. Os resultados analisados revelam que a comida sensual não é apenas uma tendência efêmera, mas um desafio para os estereótipos tradicionais, sendo uma poderosa ferramenta de exploração da sexualidade e da expressão de gênero, provocando uma reflexão sobre a imagem corporal dos padrões alimentares pré-estabelecidos. Assim, evidencia-se como a dinâmica alimentar dos diversos grupos populares deve ser um estudo contínuo.