Fonte: Revista Mangút: Conexões Gastronômicas; v. 3 n. 2 (2023): Gênero e Gastronomia; 74-88
Palavras-chave:
Gastronomia; Alimentação familiar; Mulher; Mercado de trabalho
Resumo: A saída da mulher para o mercado de trabalho é uma das grandes justificativas nos estudos do campo da alimentação e nutrição para a piora da qualidade nutricional do consumo alimentar das famílias, e que acarreta o desenvolvimento e aumento da prevalência e incidência de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil nas últimas décadas. A mudança no perfil de alimentação do brasileiro é notória, mas o quanto essa afirmação da emancipação das mulheres para obterem espaço no campo profissional, fora de casa, com um trabalho remunerado e reconhecimento além da independência se configura como um discurso machista e culpabilizadora delas. O presente artigo tem o objetivo de fazer um ensaio crítico acerca do tema a partir do levantamento de artigos que contextualizaram a mudança no padrão de alimentação no Brasil, a afirmação da saída da mulher para o mercado de trabalho com as temáticas do conceito de família, criação do patriarcado, falta de uma estrutura social de rede de apoio às mulheres e a sobrecarga feminina.