Resumo: A alimentação ritualística e as comidas votivas dos terreiros, sob uma ótica decolonial, são potenciais atrativos para o afroturismo. O objetivo da pesquisa consiste em conhecer as comidas de terreiro, bem como analisar a importância de salvaguarda dos rituais e como pensar o afroturismo. Apresentando referencial teórico pertinente aos Ilês, trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem exploratória. Utiliza-se as ferramentas de pesquisa de campo e observação direta intensiva. Os resultados foram obtidos a partir da vivência em três terreiros (Ilês) em 2021: Ilê Asé Abarewá (Caucaia), Ilê Ibá Asé KPossu Aziri (Fortaleza) e Ilê Axé Obá Oladeji (Maracanaú). A partir da pesquisa, concluiu-se que a ligação por meio dos saberes e fazeres da alimentação sagrada dos ilês visitados, apresenta-se como um atrativo cultural, onde possibilita valorizar a cultura afrodiaspórica, pensando o ato de comer como patrimônio decolonial e que vem perfazendo as encruzilhadas que o turismo cultural propõe.