Fonte: Turismo: Visão e Ação; v. 1 n. 1 (1998); 19-30
Palavras-chave:
Resumo: Este trabalho aborda o turismo cultural como um fenômeno social, produto da experiência humana, cuja prática aproxima e fortalece as relações sociais e o processo de interação entre os indivíduos e seus grupos sociais, seja de uma mesma cultura, ou de culturas diferentes.
Através do turismo cultural, os centros receptores da demanda turística ofertam aos seus visitantes o lazer, entretenimento e, conseqüentemente, as trocas culturais, durante a sua permanência e convivência temporária, com membros de outros grupos sociais.
No processo de interação social, e de construção teórico-prática do turismo, são necessários três elementos: o homem, o espaço e o tempo, fundamentais à sua existência e realização.
Como salienta ANDRADE (1997: 95), “o turista, como qualquer outra pessoa, exerce a ambivalente e concomitante função de agente aculturador e de elemento suscetível de sensibilização por culturas outras que a sua própria. Assim, pelo próprio desejo ou pela necessidade de participar de ambientes e sociedades diferentes dos que lhes são próprios, ele se dispõe a interferir e a integrar-se, em um processo cultural, como elemento ativo e passivo de influência”.
É nessa perspectiva que se insere a nossa abordagem, através da qual consideramos três aspectos: a relação entre turismo e cultura, a caracterização do turismo cultural e, finalmente, a importância da preservação e do patrimônio cultural.