Fonte: Turismo, Sociedade & Território; v. 3 n. 1 (2021); e26719
Palavras-chave:
Império; Índico; Patrimônio; Turismo
Resumo: O turismo é, em pleno século XXI, a maior indústria a nível mundial constituindo um fenómeno estruturado a partir de uma articulação dinâmica e tentacular. De entre as formas que o fenómeno consagra, o chamado “turismo de memória” tem vindo a ganhar relevância, assente numa herança colonial cujas valências se formulam segundo uma reminiscência de uma cultura/património outrora partilhada: a dos impérios ultramarinos. Ao ganharem um novo protagonismo, estes lugares pós-coloniais abrem-se a novas leituras, respondendo a um desafio societal da mobilidade contemporânea através do olhar para a viagem como forma de construir cultura e definir identidades, pelo que se propõe cartografar o património de raiz portuguesa no arquipélago de Zanzibar, lugar integrado no império lusitano durante duzentos anos e fonte de multiculturismo e alteridade de que o nosso tempo é herdeiro.