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“É Lazer, Tudo Bem, mas é Sério”: O Cotidiano de uma Equipe Master Feminina de Voleibol
 
     “É Lazer, Tudo Bem, mas é Sério”: O Cotidiano de uma Equipe Master Feminina de Voleibol
     
     


Autor(es):
Pacheco, Ariane Corrêa


Periódico: Licere

Fonte: LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer; v. 15 n. 4 (2012): dezembro

Palavras-chave:
Lazer; Esporte Master; Rendimento Esportivo; Sociabilidade; Mulheres


Resumo: Este trabalho tem como objetivo compreender a dina?mica de relac?o?es sociais que atravessava a sustentac?a?o de uma equipe master feminina de voleibol e as negociac?o?es que faziam parte do envolvimento desse grupo em campeonatos que aconteciam dentre um espac?o/tempo reconhecido como de lazer. Para isso, realizei, durante treze meses, uma pesquisa etnogra?fica no contexto de uma das equipes pertencentes a? Liga Master Feminina de Voleibol, da cidade de Porto Alegre/RS. Ao longo do trabalho de campo, passei a observar e participar de treinamentos, jogos, jantares, festas, viagens e outros encontros do grupo, cujo registro desse convi?vio foi descrito nos dia?rios de campo. Apo?s esse peri?odo, foram realizadas cinco entrevistas semi estruturadas direcionadas a pessoas que me ofereceram a possibilidade de aprofundar alguns pontos de discussa?o. A partir da ana?lise do material empi?rico produzido neste estudo e do dia?logo constante com o referencial teo?rico, elaborei tre?s eixos de discussa?o, os quais foram organizados numa trajeto?ria que inicia pela compreensa?o das particularidades da equipe. Na sequencia, passei a olhar para as relac?o?es do grupo com a Liga Master e, por fim, desenvolvi um dia?logo com autores do campo do lazer que me ajudaram a pensar sobre o cotidiano dessas mulheres e suas relac?o?es com o esporte. Sobre o primeiro ponto, foi possi?vel analisar a rotina do grupo dentro e fora das quadras e compreender que para pertencer a? equipe era preciso mostrar um rendimento esportivo legi?timo para aquele contexto e, na?o menos significativo que essa particularidade, era indispensa?vel saber estar entre as mulheres fora do espac?o das quadras para sustentar-se na sua coesa rede de sociabilidade. No segundo eixo, ficou evidenciado que a trajeto?ria de formac?a?o dos campeonatos da Liga Master estava entrelac?ada ao reconhecimento dessa equipe como um grupo que privilegiava os lac?os de sociabilidade em relac?a?o aos resultados das partidas, mas que procurava tambe?m se manter engajado nas competic?o?es e estabelecer disputas acirradas dentro dos jogos. Por fim, procurei mostrar como uma dimensa?o do cotidiano passava a ser negociada com as outras esferas da vida social e, particularmente, como a seriedade fazia sentido e tornava aquele espac?o/tempo envolvente. Entre as possibilidades e escolhas que atravessam a formac?a?o dos espac?os e tempos significados como de lazer, aquele grupo de mulheres optava por investir e dedicar-se a uma pra?tica esportiva levada a se?rio, na qual as brincadeiras coexistiam com as exige?ncias do rendimento esportivo ligado ao voleibol.