Fonte: Revista Brasileira de Estudos do Lazer; v. 6 n. 3 (2019): Revista Brasileira de Estudos do Lazer - RBEL; 78-97
Palavras-chave:
Resumo: A relação entre lazer, cultura e consumo é facilmente perceptível, mais do que isso, é quase improvável dissociá-los. O único problema é que pode ser algo muito interessante apenas para aqueles que conseguem se inserir neste contexto. Por isso, esse estudo relata resultados de uma pesquisa empírica, de cunho exploratório, que teve como objetivo compreender como mulheres de baixa renda, na condição de chefes de família, articulam, negociam e constroem os significados relacionados ao lazer e ao consumo do lazer em seu cotidiano, (de)associando-o de atividades de consumo mediadas pelo mercado. Utilizando-se de uma metodologia qualitativa de inspiração etnográfica, chegou-se a conclusão de que existe uma dimensão de consumo de lazer representado por atividades mediadas pelo mercado, mas existe também a presença de uma dimensão subjetiva, simbólica e socialmente construída na concepção de lazer definida por estas mulheres.