Resumo: Os padrões de desenvolvimento das últimas décadas nas Canárias e noutras zonas do Estado deram origem a novas utilizações do espaço marítimo e litoral. Diante dos tradicionais ligados à pesca, agora dominam frequentemente os turísticos e recreativos. A natureza, construída ou recriada, é polvilhada especialmente nos últimos anos em uma chave atraente para muitos destinos. Neste contexto, as reservas marinhas procuram preservar certas zonas de especial valor biológico dos excessos da pesca, ao mesmo tempo que deveriam conjugar os usos turísticos e recreativos a realizar em tais espaços com a conservação dos seus valores naturais. Nas Canárias constituíram um dos instrumentos fundamentais da política de conservação e gestão das pescas nas zonas costeiras das ilhas. Atualmente existem três em funcionamento, seguindo uma tendência cada vez mais geral em todo o mundo. Mas ao mesmo tempo que com elas se controla a extração de recursos pelos profissionais, impulsionam-se uma série de usos vincu- lados a determinadas formas de turismo que têm gerado importantes transformações nas povoações- relacionadas com essas zonas protegidas. Outros impactos induzidos pelo turismo ou pela aquicultura alteraram também as suas estratégias económicas ou a utilização dos espaços tanto em terra como no mar.