O professor Ricardo Uvinha atua no curso de Lazer e Turismo da EACH-USP, do qual também já foi coordenador. Ele concedeu uma entrevista para o PET-SI a fim de responder as nossas dúvidas sobre internacionalização, na medida do possível.

PET-SI: Prof. Ricardo, nós temos vinte e seis perguntas, mas acreditamos que algumas serão respondidas junto com outras… enfim, pretendemos conduzir a entrevista de uma maneira dinâmica e informal.
Primeiramente gostaríamos de contextualizar o motivo pelo qual estamos executando esta atividade. Ela foi sugerida durante a reunião anual de planejamento do curso de Sistemas de Informação, da qual os alunos do PET participaram. A sugestão foi feita porque internacionalização e intercâmbio são objetos de inúmeras dúvidas que os alunos têm. Muitos deles vêm nos perguntar sobre os programas e oportunidades de intercâmbio, mas nós não temos muita informação além do que fica disponível nos editais. A partir da sugestão desta reunião, o grupo PET-SI se reuniu para discutir o que poderia ser feito para ajudar nestas dúvidas e então surgiu essa ideia da entrevista.
Para começar então, Prof. Ricardo, você pode falar um pouco sobre o seu papel dentro desse processo de internacionalização?
Prof. Ricardo: Tá bom. Primeiramente, boa tarde a todos vocês. Em especial um agradecimento à professora Sarajane. Conheço o trabalho dela e a liderança junto ao grupo do PET, e entendo que esse engajamento de vocês é fundamental. Fiquei muito contente com esse convite de vir falar pra vocês de uma área que, além do compromisso acadêmico e profissional, tenho uma certa paixão também. Eu gostaria então de contextualizar o meu papel aqui na EACH. Eu participo da escola desde o primeiro momento dela. Fiz meu concurso em novembro de 2004 e comecei minha atividade em fevereiro de 2005, como primeiro professor do curso de Lazer e Turismo. Na verdade éramos apenas quatro professores de Lazer e Turismo, assim como também era em outros cursos da EACH. Tudo começou muito pequeno e naquela época não havia qualquer perspectiva de internacionalização. O que havia era a experiência de cada docente com a internacionalização. Eu mesmo acabara de chegar da Austrália. Fiquei lá um semestre, num período de estagio pós-doutoral. Meu doutorado foi concluído aqui na USP em 2003 e fui pra Austrália pois é um país que se dedica muito à minha área (lazer, turismo e esportes) . Então, eu tinha essa relação com a internacionalização. Em meados de 2006, o professor Moacir Martucci, então ligado ao curso de Têxtil e Moda (que no momento era Tecnologia Têxtil e Indumentária), junto com outros professores, tiveram o interesse de formar uma comissão de relações internacionais – naquele momento essa comissão foi chamada de CRI e foi constituída num formato muito parecido com o modelo que a Escola Politécnica tinha já há vários anos. A Escola Politécnica é, para nós, um exemplo no quesito internacionalização. Então, vimos a necessidade de fazer essa aproximação aos assuntos internacionais, principalmente por uma demanda que estava surgindo muito forte na graduação: as bolsas Santander. O banco Santander começou a investir bastante no aluno da USP e a graduação tinha que atribuir a função de gerenciamento deste assunto para alguém. Então, a CRI passou a ser assessora da Comissão de Graduação, principalmente no que dizia respeito a essas bolsas. Em vários momentos levei à reitoria a lista de alunos da EACH, isso em 2006-2007, para que se pudesse, eventualmente, ter esses alunos classificados para ir para países ibéricos. Na atual gestão se constituiu uma Vice-Reitoria de Relações Internacionais. Até então o que nos tínhamos era uma Comissão de Cooperação Internacional, a chamada CCInt-Central, que já tinha uma certa força, mas inegavelmente, uma vice-reitoria (VRERI), deu uma força política institucional expressiva ao assunto. A partir dessa VRERI se designou que toda unidade deveria ter uma CRInt, uma Comissão de Relações Internacionais. Nós já tínhamos uma CRInt, então só precisamos remodelá-la, e nessa, digamos assim, “formatada” que tivemos, foi criada a CRInt com a minha figura na presidência e alguns outros professores na comissão. Então, só pra apresentar a vocês, a CRInt é uma comissão assessora dentro da USP, e é importantíssimo que vocês entendam isso: ela não é uma comissão estatutária (as comissões estatutárias são a Comissão de Graduação, Comissão de Pesquisa, Comissão de Cultura e Extensão e Comissão de Pós-Graduação). A CRInt tem o peso de uma comissão assessora, ela ajuda o diretor e todas as comissões estatutárias no que diz respeito aos assuntos de internacionalização.
Ler maisEntrevista com o Prof. Dr. Ricardo Uvinha – Presidente da CRInt EACH