Acelerador de partículas Sírius

Com promissores benefícios nas áreas de meio ambiente, agricultura e energia, a fonte de luz sincrotron nacional permitirá que pesquisas nestas áreas avancem a passos largos no país. A luz sincrotron é definida como uma espécie de radiação que se estende por uma longa faixa do espectro eletromagnético (luz infravermelha, raios-x e ultravioleta). Quando os elétrons são acelerados à uma velocidade próxima à da luz (cerca de 300.000 km/s), suas trajetórias são desviadas por campos magnéticos, exibindo alto brilho e revelando diversas estruturas com alto grau de resolução de variados materiais, tanto orgânicos quanto inorgânicos, como plantas, rochas, proteínas, etc.

No início do ano de 2019 o primeiro feixe de elétrons foi inaugurado no acelerador de partículas Sírius, localizado no Centro Nacional de pesquisa em Energia de Materiais (CNPEM), Campinas (SP). Dentre os três aceleradores que compõem o Sírius, os feixes de elétrons circularam, inicialmente, no Booster, acelerador de partículas, de modo que as partículas circularam e ganharam energia ao ponto de atingirem picos capazes de alcançar a luz síncroton. Após tal processo, os elétrons são transferidos para o acelerador principal, denominado “anel de armazenamento”, onde completam ciclos de 600 mil voltas por segundo. Para a finalização do projeto resta que o terceiro acelerador de partículas seja finalizado, o que deve ocorrer em meados de 2020, evento que abrirá novas perspectivas de pesquisas nesta área no país, aprimorando estudos em diversas áreas, dentre elas a nanotecnologia, e impulsionando o desenvolvimento no cenário nacional.

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