Uma outra epistemologia é possível? Refletindo a construção do conhecimento a partir do pensamento decolonial.

Em 09 de julho de 2021, o Gephom/USP recebeu Ana Célia da Silva e  Rosane Borges que falaram sobre racismo no conhecimento e sobre epistemologias descolonizadas. O debate foi incrível.
Recomendamos que todos assistam.
Ciclo de Debates “Memórias e histórias das culturas negras no Brasil”.:
Uma outra epistemologia é possível? Refletindo a construção do conhecimento a partir do pensamento decolonial. 
Com:
Ana Célia da Silva.  (Pedagoga, mestre e doutora em Educação (UFBA) e professora titular aposentada da Universidade do Estado da Bahia – UNEB).
Rosane Borges (Jornalista, articulista da revista Carta Capital, do blog da Editora Boitempo. Doutora em Ciências da Comunicação, professora colaboradora do Colabor (ECA-USP)). Mediação: Maria Carolina Casati (Gephom/USP). 
Dias e horários: 09 de junho de 2021, às 17h.
Disponível em: 
https://www.facebook.com/610618159119581/videos/220719049912239

Gephom convida: Ciclo de Debates Nordeste(s): “Os nordestes delas – memórias, afetos e representações no cinema pernambucano”.

Ciclo de Debates Nordeste(s): “Os nordestes delas – memórias, afetos e representações no cinema pernambucano”.
Com as cineastas pernambucanas Adelina Pontual e Tauana Uchoa. Mediação: Daisy Perelmutter (Gephom/USP) e Cristiano Filiciano (Gephom/USP).
Dias e horários: 17 de junho, às 17h.
Transmissão: Facebook do Gephom, da Missão Paz e IPTV/USP.
* Se puderem, vejam os seus filmes, antes do debate: 
Rio Doce/CDUde Adelina Pontual, disponível no Youtube (Rio Doce CDU).
Não Tem Só Mandacaru, de Tauana Uchoa, poderá ser visto até o dia do debate por esse link: (Não tem só Mandacaru)

Gephom convida: Ciclo de Debates “Memórias e histórias das culturas negras no Brasil”.

Ciclo de Debates “Memórias e histórias das culturas negras no Brasil”.:
Uma outra epistemologia é possível? Refletindo a construção do conhecimento a partir do pensamento decolonial. 
Com:
Ana Célia da Silva.  (Pedagoga, mestre e doutora em Educação (UFBA) e professora titular aposentada da Universidade do Estado da Bahia – UNEB).
Rosane Borges (Jornalista, articulista da revista Carta Capital, do blog da Editora Boitempo. Doutora em Ciências da Comunicação, professora colaboradora do Colabor (ECA-USP)). Mediação: Maria Carolina Casati (Gephom/USP). 
Dias e horários: 25 de junho de 2021, às 17h.
Transmissão: Facebook do Gephom
Links para a transmissão:

Relato de Raquel Rocha: Rachel e seus irmãos. Projeto Memória Covid.

Relato de Rachel Rocha:

“Um buraco se abriu com o resultado positivo do diagnóstico da Covid-19, a pneumonia e a internação. Tudo num raio de poucas horas no corredor do hospital. Neste intervalo, refiz o percurso dos 10 meses de confinamento social, nos quais vi a vida passar pela janela. Tentei identificar a situação que teria, eventualmente, me exposto ao vírus. Tendo seguido rigorosamente os protocolos sanitários fui, muitas vezes taxada de exagerada e chata. A única explicação plausível para o contágio era meu retorno ao trabalho presencial.

Um coquetel intenso de emoções se apossou de mim ao longo dos dias em que vi a vida passar pelas janelas do hospital. Muito medo de não ver mais os meus filhos, muitas incertezas, muita culpa – sim, eu me culpava o tempo todo. Felizmente, fui muito bem acompanhada e cuidada pela equipe hospitalar. Mas os dias pareceram terrivelmente infinitos. Nada era capaz de me prender a atenção, os livros levados ao hospital pelo meu companheiro não avançavam para além da primeira página. A TV era uma trilha sonora de fundo para passar o tempo que não passava.

No dia 14 de novembro, recebi a notícia alvissareira de que a infecção havia regredido. Teria alta no domingo das eleições municipais. Naquele dia ensolarado de exercício da democracia, eu deixava o hospital. Assim que o táxi virou a esquina, uma alegria incontinente tomou conta de mim. Chorei. Estava viva. Nunca tinha sentido tanta felicidade ao ver as ruas, os carros e as pessoas circularem. Pela primeira vez, em mais de 30 anos, eu não votaria. Ainda assim, alegrava-me ao renascer em um dia tão emblemático para a minha cidade.

No dia 16 de novembro, meu irmão faleceu em consequência de um AVC provocado pela Covid. A 560 km de distância do local de seu sepultamento, me despedi em pensamento lembrando-me do nosso último encontro 15 dias antes do isolamento social.

O luto e as sequelas da infeção foram muito difíceis. Muito cansaço físico e emocional.

No dia 20 de março de 2021, meu outro irmão foi internado com Covid-19. Portador de várias comorbidades, morador de uma cidadezinha do oeste paulista, no pico 

do quadro agravado de internações, não havia uma UTI disponível. No dia 23 de março, não resistiu. Faltou UTI, faltou ar, faltou dignidade, faltou respeito.

Desempregados, moradores de rua, trabalhadores da linha de frente, crianças, mulheres vítimas de violências silenciosas, todos têm sido expostos ao descaso e negligência de um governo indiferente às mais de 350 mil vítimas da Covid. Contudo, que nesta luta ainda incandescente, não nos falte solidariedade”. (Depoimento de Rachel Rocha).O último encontro com irmãos de Raquel, em Presidente Prudente em 2020. Lucas da esquerda para direita, de pé, de óculos escuros e camiseta marinho. Contraiu a doença hospitalizado e faleceu em novembro.

O último encontro com irmãos de Rachel, em Presidente Prudente em 2020. Lucas da esquerda para direita, de pé, de óculos escuros e camiseta marinho. Contraiu a doença hospitalizado e faleceu em novembro.

Adilson está de pé, de camiseta branca, ao de Raquel.
Adilson está de pé, de camiseta branca, ao de Rachel.

O olhar do fotógrafo eachiano Marcelo Renda. Projeto Memória Covid.

Relato de Marcelo Renda:

Aluno do último ano do curso de Marketing do nosso campus da USP Leste, Marcelo Renda nos contou:

Sou fotógrafo profissional. Participei de diversas exposições mundo afora, e estou registrando os impactos da pandemia em São Paulo, em uma série que venho fotografando ao longo do último ano. Quando a recomendação inicial contra o vírus era permanecer dentro de casa, a pergunta que motivou a série foi simples: “E quem não tem casa, fica onde?”.

Fui às ruas, aos aeroportos, às comunidades, aos cemitérios. Vi de perto o trabalho do Padre Julio Lancellotti, à frente da igreja de São Miguel Arcanjo. Acompanhei o trabalho do Sheikh Rodrigo Jalloul, em comunidades que beiram a linha 12 da CPTM, famosa aos alunos da EACH. Acompanhei até mesmo os negacionistas, todos em verde e amarelo, que foram às ruas protestar contra… algo que eu até hoje não entendi completamente.

Acompanhei as centenas de refugiados colombianos – que tiveram de morar por mais de um mês no aeroporto de Guarulhos, quando tudo fechou e nenhum governo quis os ajudar. Entre eles, um chef de cozinha, o Ruben, que da alta gastronomia passou a cozinhar em uma fogueira, do lado de fora do aeroporto, usando madeira de demolição como lenha, e itens de doação como ingredientes (e o prato ficou incrível!).

Tenho total noção do valor histórico desse registro, que será convertido provavelmente em exposição individual e livro. Adoraria contribuir de alguma maneira com a universidade – tenho enorme gratidão pelo conhecimento que venho adquirindo nela”.

Seu portfólio de exposições:

https://www.marcelorenda.com/exposicoes

Aqui estão algumas de suas fotos, todas feitas durante a pandemia:

Padre Julio Lancellotti, exausto após horas de atendimento às pessoas em situação de rua, na Paróquia de São Miguel Arcanjo, Mooca. (Marcelo Renda, 2020)
Padre Julio Lancellotti, exausto após horas de atendimento às pessoas em situação de rua, na Paróquia de São Miguel Arcanjo, Mooca. (Marcelo Renda, 2020)
Nos voltamos para um novo problema, enquanto os problemas antigos se acumulam. O centro da cidade é impiedoso. (Marcelo Renda, 2020)
Nos voltamos para um novo problema, enquanto os problemas antigos se acumulam. O centro da cidade é impiedoso. (Marcelo Renda, 2020)
 Chef Ruben, refugiado colombiano, que da alta gastronomia passou a cozinhar em uma fogueira improvisada. (Marcelo Renda, 2020)
Chef Ruben, refugiado colombiano, que da alta gastronomia passou a cozinhar em uma fogueira improvisada. (Marcelo Renda, 2020)
A máscara resolve o problema de alguém buscando restos em meio ao lixo, enquanto um único pé calça o chinelo? (Marcelo Renda, 2020)
A máscara resolve o problema de alguém buscando restos em meio ao lixo, enquanto um único pé calça o chinelo? (Marcelo
A contradição entre a campanha publicitária e a realidade das classes baixas paulistanas. (Marcelo Renda, 2020)
A contradição entre a campanha publicitária e a realidade das classes baixas paulistanas. (Marcelo Renda, 2020)
Quando o medo tomou as ruas, mesmo quem não conseguia comprar máscaras quis se proteger. (Marcelo Renda, 2020)
Quando o medo tomou as ruas, mesmo quem não conseguia comprar máscaras quis se proteger. (Marcelo Renda, 2020)

Webnário Internacional “Migrações e Deslocamentos”.

Entre 22 e 24 de fevereiro de 2021, o Gephom/USP promoverá o Webnário Internacional “Migrações e Deslocamentos”.

Participem e divulguem!

Logo Migrações e Deslocamentos

MIGRAÇÕES E DESLOCAMENTOS. 22 A 24 fev. 2021.

GEPHOM/USP e CEM/Missão Paz SP.

Transmissão:

https://www.facebook.com/gephomusp

https://www.facebook.com/missaopazsaopaulo

PROGRAMAÇÃO:

22/fev.

– 22 de fevereiro, segunda-feira, das 09 às 11 horas: abertura

Palestra “What can Migration Studies learn from Global Talent?: The case of Autopoietic Social Structuralism in the American, Australian and British Elective Diaspora in Singapore” –  com Lauren Power ( Universidade de Tóquio / Journal for Human Security Studies – Japão)

Mediação de Valéria Barbosa de Magalhães (coordenadora do GEPHOM)

– 22 de fevereiro, segunda-feira, das 14 às 16 horas

Palestra “Trilha de Sangue e Lágrimas: a remoção forçada de nativo-americanos e a formação nacional dos Estados Unidos (1830-1838)” –  com Ricardo Amarante Turatti ( Laboratório de Estudos Americanos (LEA – Unicamp))

Mediação de Aline Reis (pesquisadora do GEPHOM)

– 22 de fevereiro, segunda-feira, das das 19 às 21 horas

Discussão sobre direito linguístico – Jael Sânera Sigales Gonçalves ( Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (IEL/Unicamp) e Promigra) e Mariana Kuhlmann (Grupo de Pesquisa Linguagem e Cognição (USP-CNPq) e Promigra)

Mediação de Maria Carolina Casati (pesquisadora do GEPHOM)

23/fev.
– 23 de fevereiro, terça-feira, das 14 às 16 horas

Palestra “Migrações e mitos: os soninquês no contexto da região noroeste do continente africano” – com Rodrigo Castro Rezende (professor de História da África na UFF de Campos dos Goytacazes)

Mediação de Daisy Perelmutter (pesquisadora do GEPHOM)

– 23 de fevereiro, terça-feira, das 19 às 21 horas

Palestra “A história oral como alternativa metodológica de afirmação dos direitos humanos e migrações” – com Cícero Krupp da Luz (professor do Mestrado da Faculdade de Direito do Sul de Minas e professor de Relações Internacionais e de Ciências Econômicas na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) e Estela Cristina Vieira de Siqueira (Doutoranda em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD-USP) e professora e pesquisadora do Centro Universitário do Sul de Minas)

Mediação de Lívia Morais Garcia Lima (pesquisadora do GEPHOM)

 

24/fev.

– 24 de fevereiro, terça-feira, das 09 às 11 horas

Palestra “A Map to Walk through the City: Social and Labor Insertion Strategies of Young Return Migrants in Mexico City” – com Óscar Martínez (Swiss-Mexican Chamber of Commerce and Industry, Multidisciplinary Research Network for Discrimination Studies in Mexico City (REMID) e  Global Compact for Migration at the United Nations Major Group for Children and Youth – Mexico)

Mediação de Guilherme Freitas (pesquisador do GEPHOM)

– 24 de fevereiro, quarta-feira, das 19 às 21 horas: encerramento

Palestra “Identidades políticas essencializadas, guerras e conflitos em cena: o contexto das migrações forçadas em Ruanda” – com Ivaldo Marciano de França Lima ( Professor Adjunto da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/DEDCII), Professor permanente do PPGDC (UFBA/UNEB), coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Africanos e Representações da África (UNEB DEDC II))

Mediação de Felipe Antonio Honorato (pesquisador do GEPHOM)

 

Curso de Difusão “Técnicas de uso de história oral para iniciativas coletivas de valorização da memória”.

Entre 08 e 11 de fevereiro de 2021, o Gephom e o CPC/USP (Casa Dona Yayá) 0ferecera, o Curso de Difusão “Técnicas de uso de história oral para iniciativas coletivas de valorização da memória”, ministrado por Valéria B. Magalhães, Lívia Lima, Daisy Perelmutter e Ricardo Santhiago.

O curso foi uma iniciativa do CPC, com apoio do Gephom, destinado a formar lideranças no registro de sua memória.

 

As últimas edições do Ciclo de Debates Nordeste(s) já estão disponíveis em nosso canal do Youtube:

As novas edições do Ciclo de Debates Nordeste(s), realizadas no segundo semestre de 2020, já estão disponíveis em nosso canal do Youtube. São elas:

Migrações Nordestinas em São Paulo no Pós II Guerra: Raça, Classe e Trabalho”. Paulo Fontes (UFRJ). Migrações Nordestinas em São Paulo no Pós II Guerra: Raça, Classe e Trabalho”. Paulo Fontes (UFRJ). – YouTube

Narrativa e Memórias de migrantes de Canudos/BA (João Evangelista Regis (UPIC), José Alonso Ferreira dos Santos (UPIC) e Zezinha (Josefa Cardoso, residente de Canudos), Música: Roberval Freire (SPM)). Narrativa e Memórias de migrantes de Canudos/BA. – YouTube

Deslocamentos entre de para o Nordeste (Mesa com  Flávia Moura (UFMA), Marilda Menezes (UFABC e profa. aposentada UFCG), Marcelo Saturnino (UEPB) e Thiago Romeu (UFCG). Mediação: Valéria B. Magalhães (GEPHOM/USP)). Deslocamentos entre de para o Nordeste – YouTube

A palestra de Paulo Fontes, do dia 06/08/2020, já está disponível.

A palestra de Paulo Fontes (UFRJ), proferida no dia 06/08/2020, já está disponível nos nossos canais do GEPHOM e do CEM e no IPTV USP:

Facebook do Gephom e do CEM:

https://www.facebook.com/missaopazsaopaulo/videos/287938735802103/UzpfSTYxMDYxODE1OTExOTU4MToxNTI3OTc3MTYwNzE3MDA1/

IPTV USP:

http://iptv.usp.br/portal/video.action?idItem=41718

CONSULTEM TAMBÉM A PALESTRA DA PROFA. MARIA APARECIDA MORAES SILVA (Ufscar), NO 47 DIÁLOGOS DO CEM, OCORRIDA NO DIA 07/08/2020:

Facebook do GEPHOM e do CEM:

https://www.facebook.com/missaopazsaopaulo/videos/341092263571190/UzpfSTYxMDYxODE1OTExOTU4MToxNTI4OTI5ODAwNjIxNzQx/

IPTV USP:

http://iptv.usp.br/portal/video.action?idItem=41726

 

Oral History and Memory Research Center at USP